segunda-feira, 11 de junho de 2012

Abandono de Liu Jiangli


                Boa tarde.
                Uma menina com uma doença raríssima (que atinge uma em cada 10 mil milhões de pessoas) foi abandonada pelos pais. A criança chinesa tinha 2 anos na altura e foi deixada num berçário apenas porque era diferente.
                Liu Jiangli sofre de hipertricose lanuginosa congénita, que provoca demasia de pelo por todo o corpo. Esta doença é conhecida por “síndrome de lobisomem”. A instituição que acolheu a menina procurou os pais colocando anúncios em jornais, meses mais tarde o avô de um primo aceitou ficar com a criança.
                Que tipo de pais são estes?! Abandonarem uma criança só porque é mais peluda?! Abandonaram a própria filha!! Eu percebo que fosse uma grande reviravolta na vida deles, mas não é motivo nem desculpa para o que fizeram!!
                Era uma criança que merecia apoio, carinho e amor, como qualquer outra. Teve a infelicidade de pertencer à ínfima percentagem que nasce com este problema, mas isso não a tornava um monstro. Era diferente, sim. Era especial. Mas não merecia ser deixada para trás como um móvel velho que já não encaixa na decoração da sala. Eu pergunto-me: como é que esta criança se vai sentir quando souber o que os pais fizeram?! Que problemas, que traumas podem sair daí?! Isto é incompreensível!!
                O pior de tudo é que os pais (se é que se pode chamar pai a quem faz isto) nem parecem ter-se arrependido. Nem com os anúncios a procurá-los tiveram a dignidade de aceitar de volta a filha. Nem os pais, nem os avós, que tinham a obrigação de proteger a miúda caso os pais não o fizessem. Claro que podemos pensar que talvez os avós não soubessem e não pudessem fazer nada, mas acho improvável… É muito difícil criar uma criança por 2 anos sem que os avós descubram que existe…  
                A rapariga tem agora 6 anos, idade para entrar para a escola. Só espero que não sofra nas mãos dos colegas por ser como é.
                Deixem opinião, se quiserem.

                Beijos, Marianocas.

Sem comentários:

Enviar um comentário