Luxo na AR

                Olá. Hoje a minha atenção vira-se para a Assembleia da República e as refeições de luxo que lá são servidas. Enquanto muitos penam por uma refeição diária e outros se esforçam por fazer três refeições dignas pelo menor custo possível, alguns banqueteiam-se com perdiz, pombo torcaz e lebre.

                Os nossos deputados só merecem do melhor, como é óbvio. O seu esforço pelo país deve ser recompensado com porco preto (alimentado a bolota, claro, porque nem podia ser de outra maneira). Estou a ser bastante irónica, caso alguém não tenha percebido. Eu nunca provei sequer todas estas coisas e, se para isso preciso de me tornar deputada, tenho bastante orgulho em admiti-lo.

                Por que motivo mirabolante os representantes do nosso país não se podem alimentar de uma maneira normal, como qualquer outro português?!

                Mas há mais. Se fiquei espantada com o requinte dos pratos, digno de um rei, ou melhor, um imperador, o meu queixo literalmente caiu quanto vi a variedade de bebidas e digestivos existentes. “ (…) os candidatos ao concurso têm ainda de oferecer quatro opções de whisky de 20 anos e oito de licores. No vinho, são exigidas 12 variedades de Verde e 15 de tintos alentejanos e do Douro.” Correio da Manhã. Como podem ver, só do melhor.

                Os pratos não podem ser repetidos dentro de duas semanas. Como eu os percebo… Comer rola ou bacalhau do Atlântico todas as semanas pode tornar-se cansativo…

                Tenho que admitir, não percebo como se puderam esquecer do caviar… Como entrada devia ficar a matar.

                Deixem opinião, se quiserem.

                Beijos, Marianocas.